sábado, 19 de dezembro de 2015

Prevenir e lidar com a indisciplina em sala de aula



De um modo geral, uma das grandes dificuldades apontadas pelos professores no exercício da sua atividade encontra-se diretamente ligada à indisciplina na sala de aula. Este parece ser um desafio transversal, atingindo os professores principiantes na carreira, como os mais experientes.
Isto leva a uma reflexão sobre um conjunto de estratégias e competências profissionais diretamente ligadas à gestão da sala de aula que os ajude, professores, no desempenho do seu papel.
Antes de mais, existirá uma procura e apelo a um trabalho conjunto, através da partilha de saberes e experiências entre psicólogos e professores, visando contribuir para o nosso desenvolvimento profissional e motivação e, deste modo, conseguir resultados positivos no comportamento e aprendizagem dos alunos.
É mais fácil para uma criança disruptiva “reinar” quando os professores trabalham em separado, do que quando trabalham em conjunto. Deste modo, uma coerência e firmeza comum na aplicação das regras face à indisciplina da aula combate a confusão por parte dos alunos e evita que, paralelamente, se tornem mais indisciplinados.

Funções e finalidades dos “desvios às regras”
A razão dos comportamentos disruptivos são sempre variadas, e a leitura dos mesmos só se pode realizar tendo em conta múltiplos aspectos, como a ação ou a situação vivida no momento do incidente, a história relacional da turma ou do aluno com determinado professor, o período do dia ou do ano letivo, entre muitos outros fatores (Amado & Freire, 2002).
Segundo Kauffman (in Lopes & Rutheford) “ a característica marcante em crianças com perturbações do comportamento é a confusão. Confusão sobre quem são, sobre o que se espera delas, onde pertencem no meio social que é a escola e sobre como poderão obter a gratificação que muitas outras parecem obter tão facilmente. São, habitualmente, crianças com poucas habilidades sociais, e com fracas capacidades de resolução de problemas. Estas lacunas, com facilidade, são transportadas para a relação com os professores e, frequentemente, geram menos suporte por parte dos mesmos.
Em contexto de sala de aula, as causas destes comportamentos podem estar ligados a diversos fatores (quer de ordem psicológica, psicossocial ou pedagógica). Não sendo o nosso intuito abordar de um modo profundo a origem destas atitudes, importa igualmente salientar que, em dado momento, a maioria das crianças apresenta um ou outro comportamento disruptivo, o que leva à difícil definição de aluno perturbador.

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