terça-feira, 17 de novembro de 2015

Como a criança aprende?

Cada um aprende de um jeito

Saiba respeitar o ritmo de cada criança e preparar estratégias de ensino que privilegiem as atividades diferenciadas

Por Roberta Bencini (novaescola@fvc.org.br)

Existem crianças altas e baixas, loiras e morenas, gordas e magras. Algumas nasceram em lares com pai, mãe e irmãos, todos alfabetizados e leitores. Outras nem conhecem os pais, moram com os avós, os tios, um parente distante. Muitas viajam nas férias. Conhecem o mar, o mato e gente de lugares variados. Há quem nunca tenha saído do bairro em que nasceu. Ninguém é igual a ninguém. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. É assim na vida, é assim na escola. A questão é como elaborar um projeto de ensino que atenda a todos os alunos, sem exceção, dos mais sensíveis aos mais pragmáticos, dos mais competitivos aos mais colaborativos, dos mais lentos aos mais rápidos, dos vindos de lares desestruturados aos que têm família com laços sólidos, dos portadores de necessidades especiais aos superdotados.
Derrubar modelos 
A escola é o lugar em que todas as crianças devem ter as mesmas oportunidades, mas com estratégias de aprendizagem diferentes. "É necessário parar de privilegiar determinadas qualidades. O aluno mais rápido não é melhor que o mais lento", afirma Ângela Soligo, do Departamento de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas.

As crianças são o resultado de suas experiências. Para compreender seu desenvolvimento é preciso considerar o espaço em que elas vivem, a maneira como constroem significados, as práticas culturais etc. "Sabe-se hoje que cada ser humano tem um conjunto de células do sistema nervoso tão particular quanto a impressão digital", afirma a psicóloga Elvira Souza Lima. "Não existe um modelo de criança de 6 anos", completa Terezinha Nunes, coordenadora do departamento de psicologia da Universidade de Oxford Brookes, na Inglaterra. "Pensar assim é discriminar."

Pense quantos tipos ou estilos de aprendizagem há em sua sala de aula? Alguns estudantes são mais introvertidos e se dão bem fazendo trabalhos manuais. Outros são mais elétricos e precisam de agitação. Não há certo ou errado, melhor ou pior. É tudo uma questão de respeitar as diferenças.

Para saber mais acesse:

Nenhum comentário:

Postar um comentário