quinta-feira, 11 de maio de 2017

DISGRAFIA - CAUSAS E CARACTERÍSTICAS

Disgrafia


Letra feia não é só preguiça… pode ser disgrafia!

A disgrafia é uma perturbação de tipo funcional que afecta a qualidade da escrita, sendo caracterizada por uma dificuldade na grafia, no traçado e na forma das letras e das palavras, surgindo estas de forma irregular, disforme e rasurada. Pode, ainda, definir-se a disgrafia como a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa.
Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis. A criança disgráfica não possui deficiência visual nem motora,  nem qualquer comprometimento intelectual ou neurológico. No entanto, não consegue idealizar no plano motor o que captou no plano visual.
Exemplos de disgrafia:
  • apresentação desordenada do texto;
  •  margens malfeitas ou inexistentes;
  •  espaço irregular entre as palavras e linhas;
  •  traçado de má qualidade;
  • distorção de letras;
  • separações inadequadas de letras;
  • direcção da escrita oscilando para cima ou para baixo
Em suma, a disgrafia é uma má apresentação do texto escrito .  Geralmente, estamos na presença  de crianças com inteligência média ou acima da média, que por vários motivos apresentam uma escrita ilegível ou demasiadamente lenta, o que lhes impede um desenvolvimento normal da escolaridade.

Quais são as causas da Disgrafia?

As causas da disgrafia podem agrupar-se em três grandes pontos: ao nível orgânicoemocional e pedagógico. Do ponto de vista orgânico, encontramos problemas ao nível da lateralidade, motricidade e equilíbrio. Por outro lado, a disgrafia também poderá ter a sua origem em problemas emocionais, da personalidade da própria criança ou do meio que a envolve (familiar ou social). E, por último, ao nível pedagógico, determinadas por metodologias de ensino que contribuem para o aparecimento da disgrafia.

Quais as principais características da Disgrafia?

As crianças com disgrafia manifestam dificuldades em adoptar uma postura correcta no acto da escrita, possuem também dificuldades ao nível da motricidade fina, o que as impede de segurar adequadamente os lápis ou as canetas, podendo exercer uma pressão inadequada. Estes factores contribuem para uma grafia irregular e ilegível.
Se observarmos com atenção um caderno de um aluno com disgrafia iremos constatar que os seus textos têm sempre a mesma aparência: letras demasido grandes, uma inclinação acentuada, com espaços irregulares entre as palavras.
Normalmente, os professores ou educadores queixam-se que estes alunos têm um ritmo de escrita diferente do resto do grupo, ou muito rápido ou demasiado lento, o que prejudica o seu bom desempenho escolar.

O Que devem fazer os pais?

Se os pais suspeitarem que o seu filho tem disgrafia devem procurar um profissional qualificado: um psicopedagogo, um psicólogo ou um técnico de ensino especial, para se realizar uma avaliação mais concreta do problema.
Se houver necessidade, a criança deverá ser acompanhada pelo técnico que realizará um programa de intervenção para colmatar as dificuldades inerentes a esta perturbação.
Em casa, os pais poderão apostar nos exercícios que estimulem a motricidade fina: recortes, colagem, picotagem, entre outros; ou a orientação visual e espacial através de labirintos, jogos de simetrias e de diferenças. O que importa nestas situações é o aluno  não se sentir desapoiado, nem desmotivado.
Bibliografia:
  • Cinel, Nora Cecília Boccacio (2003), Disgrafia – Prováveis causas dos distúrbios e estratégias para a correção da escrita. Documento disponível em: http://www.smec.salvador.ba.gov.br
  • Torres, Rosa María Rivas e Fernández, Pilar Fernández (2001), Dislexia, disortografia e disgrafia,  ed. McGraw-Hill de Portugal, Amadora .

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